quarta-feira, 14 de maio de 2014

"tea, sir?" ou post sobre uma viagem a inglaterra #1

"day rider", é assim que chamam aos bilhetes que dão acesso diários aos autocarros em cambridge e londres (nas outras cidades não sei, não estive lá...). quando escurece dá muita, mesmo muita vontade de lhes chamar "knight rider" mas diz que não se pode, que não está correcto.

vou, finalmente, documentar a minha viagem a inglaterra. (mais vale tarde do que nunca, right?)

tínhamos instruções detalhadas sobre como proceder depois de aterrarmos em stansted, londres. direita, esquerda, elevador, bilhetes de comboio para cambridge ("ida e volta, não te esqueças!"), comboio, estação de cambridge, esquerda, autocarro, paragem cherry hinton high, farmácia, chave, percurso a pé, casa. e a coisa correu exactamente como previsto até chegarmos à estação de cambridge. como chegamos na hora de almoço decidimos comer qualquer coisa por ali e depois seguir as restantes instruções. começamos a caminhar em direcção ao centro da cidade e só comecei a ficar realmente preocupada quando as minhas mãos, que não podia pôr no bolso porque tinha de transportar a mala, começaram a ficar roxas. o frio era tal que pensei que morria ali, congelada. a prometida chuvinha constante de inglaterra era afinal granizo gélido e arrepiante. "oh não, as minhas férias estão arruinadas!!", "preciso de umas luvas...", "preciso de um gorro!", "estou a morrer lentamente...", "porque é que as outras pessoas não se abrigam do granizo?", "ai, a minha vida está xtragadzzzz...", "os bebés andam sem luvas e não morrem ao frio??", "aquela senhora está sem meias??", "aquele senhor está de manga curta?!?". era oficial, tínhamos acabado de chegar a um universo paralelo. comprei umas luvas e um gorro mas continuei a congelar lentamente. almoçamos e demos continuidade ao plano inicial.

felizmente o tempo melhorou, e nos dias que se seguiram e acabou por estar um óptimo tempo para passear. fresco mas com sol.

comecemos a nossa viagem em cambridge e a fábrica do chocolate. oh, perdão, queria dizer cambridge e a loja mais fofinha e docinha do mundo - a hardys!!

"love me, love me, say that you love me, fool me, fool me, go on and fool me!"
"and she's buying a starway to heaven."
willy wonka e a fábrica do chocolate... e o charlie também!
tea, sir? on the table.
continuamos em cambridge e nos doces, mas agora nos espectaculares cupcakes flash que a nossa anfitriã fez in no time e que estavam lindos e deliciosos!! ("passas? isto tem passas? então já não posso comer!" "sim, estou a treinar para fazer o iron man, mas não como passas, isso é demais p'ra mim!") confesso que ajudei na decoração, sou boa, não sou?

"flash, ah-a, savior of the universe!"
agora entremos noutra zona, uma daquelas com neighbourhood watch. medo, muito medo! estava sempre a ver quando me aparecia o kick-ass à frente e me dava uma sova por eu estar a caminhar fora do passeio, mas correu bem porque nessa altura ele estava em londres...

kick-ass neighbourhood watch
agora passemos aos colleges. são dezenas e por lá passaram algumas das mais brilhantes mentes de sempre. não somos presenteados apenas com edifícios grandiosos mas também com jardins brutais e maravilhosos.


a maravilhosa ponte de um college, que atravessamos sem autorização... à tuga!
"canteirinho" nas traseiras de um college.
as fantásticas árvores em flor no interior de um college.
uma espécie de lupa, também no jardim de um college.
mais um "canteirinho" atrás de um college.
rio onde se pratica punting (google it!)
novo college, novo"canteirinho"
e, finalmente, o sítio onde newton percebeu que se uma maça nos cai em cima da cabeça deve haver razões externas à maçã para que tal aconteça, uma vez que as maças não têm qualquer maldade dentro delas. ou então não foi nada do que escrevi ali em cima e estamos simplesmente a falar da lei da gravidade.

a macieira de newton (ou outra, um nadita mais recente, plantada ali nas redondezas...)
agora tenho o prazer de vos mostrar um dos lugares mais importantes de cambridge:

o lugar de portugal, pois claro!
eu percebi que havia qualquer coisa de errado com esta placa, mas demorei algum tempo a perceber o que era.

e conduzir do lado certo, não? sim, lado certo!
the eagle, o pub onde foi anunciada a descoberta do dna. foi neste pub que almoçamos no gélido dia em que chegamos a cambridge. confesso que estava mais preocupada com o frio do que com a importância do local, mas agora até me parece um sítio interessante. e nem se comia nada mal, não senhor!

além de toda a outra importância, vamos constatar o óbvio: benfiiiiicaaaa!!
uma refeiçãozinha ligeira num outro pub.
fish and chips
também tivemos a oportunidade de jantar num dos restaurantes do jamie oliver. sim, somos um bocadinho chiques.
se era comida saudável? aaaahmmmm... questionável...
acidentalmente, passamos num centro comercial. eu não queria entrar mas os rapazes fizeram questão. (mentira?? claro que não é mentira!!)

gotta love it!!
e, finalmente, apresento-vos a foto artística possível depois de 4,5 km a caminhar para chegarmos ao salão de chá onde as pessoas importantes vão quando se "retiram". (sim, os meus amigos emigrantes em inglaterra começam a ficar comidos do caco e já traduzem as coisas assim...). "o salão é já ali, atrás daquelas árvores!" "mas quais árvores? as da primeira camada, as da segunda ou aquelas minúsculas lá ao fundo?" "já estamos a chegar!" dizia ele. mentir é tão feio, pá!

foto artística. quem não vê arte aqui nitidamente não tem veia...
não quero estar aqui a dizer mal da minha vida, mas nesse dia o azar foi de tal ordem que éramos cinco pessoas e nem sequer cabíamos num táxi normal, teríamos de chamar dois táxis ou esperar meia hora por um táxi carrinha. era mais rápido regressar a pé. mais 4,5 km.
au revoir "the orchard"

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